The Economist avalia como positivas as privatizações anunciadas por Dilma

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O anúncio das novas privatizações (o PT, envergonhado, tenta uma nova definição semântica para o processo de concessão de serviços públicos à iniciativa privada) do governo Dilma Rousseff, feito pela própria presidente da República na quarta-feira (15) repercutiu na imprensa europeia ontem (16).

> A hora da verdade

A revista britânica “The Economist” lavrou um editorial chamando o “Programa de Investimentos em Logística” de “a hora da verdade de Dilma”.

A “The Economist” avalia positivamente o pacote de R$ 133 bilhões que serão despendidos para concessão de 7,5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil km de ferrovias em todo o País, alegando que o Brasil se “tornou um lugar descontroladamente caro para investir ou produzir”.

> Restaurar o crescimento

Conclui o editorial que as medidas podem “restaurar o crescimento e a competitividade das empresas brasileiras, batendo o Leviatã ganancioso em Brasília” e que se executadas serão “a melhor maneira para Dilma ganhar um segundo mandato e garantir que a economia do Brasil não continue a reproduzir as falhas de um século atrás.”.

> Diminuir o custo Brasil

Concordo com o editorial. A presidente Dilma, ao romper definitivamente com o anacronismo ideológico econométrico, rende-se ao tatcherismo provisionado pelo Estado, mas por esse regulado.

As privatizações da logística nacional são a mais eficaz forma de diminuir o pernicioso custo Brasil, mas no plano anunciado uma variável deve ser revista: do valor total a ser investido, 40% será desembolsado em até 25 anos.

É um tempo demasiado longo para um Brasil que precisa recuperar o século passado e não perder esse que estamos vivendo.

Clique aqui para ler um infográfico sobre o plano.

Comentários

  1. No Dicionário Aurélio Século XXI, conceito, entre suas muitas acepções, significa “representação de um objeto pelo pensamento, por meio de suas características gerais”. Ainda segundo o mesmo autor, um conceito é uma ideia, ou seja, a “representação mental de uma coisa concreta ou abstrata” ou “os objetos de pensamento enquanto pensados”. Se pesquisarmos o verbo definir, entre seus significados encontramos um que se aproxima de conceito: “enunciar os atributos essenciais e específicos (de uma coisa), de modo que a torne inconfundível com outra”.
    Por óbvio, transferir á iniciativa privada aquilo que é público, nada mais é do que no jarguão popular definiu-se como privatização (termo que até os capitalistas acham feio). Conceitualmente, e, juridicamente, mostra-se correto conceituar o Progrma de Investimento em Logística como concessões públicas, tal como o serviço de transporte.
    Na verdade, os capitalista estão aproveitando para tirar um sarro dos petistas. Mas que no fundo totos concordam, o custo Brasil precisa baixar. Vamos ver se, no capitalismo, onde se objetiva o lucro, essas concessoes ou privatizacoes, realmente vai dar certo.

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  2. A esquerda apanha, mas aprende com a direita.

    Parabéns, presidente Dilma.

    Só falta agora tirar o plano do papel. A conferir.

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  3. Tao importante quanto privatizar rodovias, ferrovias, aeroportos e portos é DESPRIVATIZAR o Estado, isto é, eliminar de dentro do Estado os interesses privados que estao nas agencias reguladoras, nos ministérios etc. Para que fatos como o do caso cachoeira nao venham mais acntecer.

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  4. Já que vamos ter que pagar pedágios, agora vai ter que rever e/ou corta esse assalto do licenciamento anual e do seguro obrigatório, que é uma sangria sem punhal?

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  5. Deputado, aprenda. Concessão é muito diferente de Privatização. Privatização quem fez foi os tucanos. Antes de falar besteiras, se informe melhor, viu?

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    1. Permita-me observar que você está absolutamente distante da condição de ministrar-me aulas de semântica: conceder à iniciativa privada a prestação de serviços públicos é privatizar e é isso que os tucanos fizeram e os petistas fazem e eu não condeno o conceito dos dois, pois as privatizações são necessárias.
      Já escrevi aqui, todavia, e repito, que as privatizações do PT têm uma forma muito melhor que aquelas praticadas pelos tucanos, mas querer mudar a definição do ato, para não usar o seu linguajar chulo, não é uma "besteira" e sim uma infantilidade desnecessária.

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  6. Deputado, o senhor até que é inteligente,. Sabe muito bem que Privatização é muito diferente de Concessão. No fundo, no fundo você sabe muito bem esta diferença. Mas, por motívos óbvios, não quer expor seu entendimento. Por isso, prefere dourar a pílula ao dizer que o PT tem uma forma MUITO melhor. Não se preocupe, eu entendo perfeitamente sua posição.Mas continuo batendo na tecla. Privatização é diferente de Concessão. E o senhor sabe muito bem disso.

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    1. Não é uma questão de inteligência e sim de definição.
      Se estou certo ou errado é plenamente discutível e se você demonstrar o seu ponto de vista de forma lógica e consequente não há problema algum em eu mudar de opinião e declarar isso.
      Todavia, quanto a eu saber de uma coisa e dizer outra, informo-lhe que você está absolutamente enganado a meu respeito: eu digo o que penso e jamais distorço o que estou convencido em saber. Não faço esse tipo de jogo, seja como argumento ao meu favor como em favor de terceiros.
      Em qualquer dicionário da língua portuguesa, em se olhando o significado de “privatizar”, será encontrada uma mesma definição: “Passar (o governo) propriedade ou controle de (serviço, ou empresa pública ou estatal) a entidade(s) do setor privado” (in casu o Aurélio) e é isso que o governo federal está fazendo através das concessões em andamento.
      A natureza jurídica, ainda, da privatização é a mesma definida semanticamente, pois não há outro modo do governo conceder a não ser privatizando. Se você prefere trocar a espécie (privatizar), pelo gênero (conceder), fique à vontade, pois não há problema algum em chamar um gato de felino.

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  7. Tecnicamente falando, o correto é falar em concessao e nao privatizacao, ttanto que o nobre deputado inicia sua aula acima com "conceder".

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    1. As concessões (gênero) que o governo federal hora faz são privatizações (espécie). Tecnicamente correto é dizer que o governo está privatizando, pois, a ciência exige que a restrição se faça pela espécie e não pelo gênero.
      Exemplifico: é correto dizer que um gato doméstico (espécie) é um felino (gênero), mas pode não ser correto dizer que um felino (gênero) é um gato (espécie) pois a restrição pode ser outra (um tigre).
      No caso das concessões do governo federal, tanto os tucanos quanto os petistas, optaram pela privatização, que é a espécie definida como "Passar (o governo) propriedade ou controle de (serviço, ou empresa pública ou estatal) a entidade(s) do setor privado” (Aurélio).

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    2. Discordo, se seguir o raciocionio, privatizar seria genero e concessao seria especie, pois dentro das privatizacoes, temos concessoes do servico publico, permissao do servico publico etc.
      Mais o mais interessante para o Brasil seria DESPRIVATIZAR o Estado, pois o Estado está impreguinado de interesses privados, que o diga Carlinhos Cachoeira.

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    3. Não. O Gênero é a concessão. Conceder e permitir são sinônimos e não espécies, ou gêneros, diversos.
      A sua discordância, portanto, deveria ser enviada, com as devidas fundamentações, primeiro aos linguistas que elaboram as definições do vernáculo e depois aos legisladores que usaram essas definições para elaborar as leis e contratos de concessões públicas. De repente eles concordam com você e mudam os termos.
      Quanto ao segundo parágrafo do seu comentário, concordo 1000%.

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    4. Em Direito Administrativo, concessao de servico publico e uma coisa, permissao e outra e autorizacao e outra bem diferente. Suas filhas que sao advogadas publicas, portanto, expert no assunto, podera lhe esclarecer com maiores detalhes, consulte-as.

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    5. A sua assertiva (e não é necessário consultar alguém sobre isso, pois o conceito é elementar)é baseada em um conceito positivo sombrio.
      A permissão de serviço público não difere da concessão em espécie até mesmo porque a lei não pode distorcer a semântica, já que esta dessa se acode para delimitar seus conceitos.
      O que a lei das concessões criou foi uma subespécie (permissão) para definir a concessão (gênero) unilateral, quando o poder discricionário do gestor pode ser exercido de forma precária (permitir que alguém instale na calçada um carro de cachorro quente, por exemplo).
      A priori, eu discordo da concessão unilateral (permissão) pois ela fere o princípio da igualdade de oportunidades lavrada na Constituição e um dos dogmas do sistema econômico que o Brasil abraça: na prática, as concessões unilaterais (permissões) acabam se tornando graças outorgadas ao bel prazer das conveniências do gestor e, de precárias que deveriam ser, tornam-se privatizações perenes, sem nenhuma contra partida ao Estado pela remuneração dos serviços que prestam.
      Portanto, diferenciar as definições e aplicações do ato de privatizar o serviço público são falácias embarcadas em conveniências políticas ou discussões ideológicas: as privatizações são efetivadas através de concessões e a finalidade delas é sistematizar a prestação de serviços públicos e é isso que os tucanos fizeram (mal) e o PT faz agora, melhor.
      Encadeamento lógico é a chave do direito, que sem ele fenece: Conceder é permitir e permitir é autorizar. Como o estado concede, permite ou autoriza é o que faz com que as privatizações sejam consecutivas, ou não.

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