O Grande Irmão zela por você

É o assunto mais comentado nos EUA o monitoramento do tráfego de informações pessoais que a National Security Agency, a famosa NSA, tem exercido nos últimos 7 anos.

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As publicações do Guardian e do Washington Post trouxeram Obama às falas: o monitoramento é anônimo e secreto, visando a segurança nacional.

> Invasão de privacidade

A CIA obrigou-se a confirmar as matérias, alegando que contêm incorreções. A Verizon, operadora de celulares, cujo tráfego consta nos monitoramentos, declarou que jamais tomou ações deliberada para monitora-los. O Google, o Facebook, a Apple, a Microsoft e o Yahoo!, publicaram notas afirmando que as ações para prevenir ameaças terroristas não devem ferir garantias constitucionais.

> O Prism

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O Prism, nome dado ao programa de monitoramento, foi iniciado por George Bush e mantido por Obama, que declarou que há seis anos a NSA monitora as redes sociais, sites de buscas e e-mails, também fora dos EUA.

Ao justificar-se, Obama fez da emenda um pior soneto: as ações foram autorizadas pela Justiça, com o conhecimento do Congresso, ou seja, os EUA arvoram-se a estender a sua jurisdição para além do seu território sem rogar isso à Justiça dos países atingidos. A não ser que esses países tenham autorizado a flagrante invasão de privacidade em sigilo.

> Crescimento exponencial

O Washington Post, abertamente democrata, não poupou o presidente Obama: “a vigilância nos EUA é muito mais abrangente do que a opinião pública sabia e no governo Obama o monitoramento teve crescimento exponencial.”.

> Salvaguardas inadequadas

As organizações de liberdades civis nos EUA condenaram a inespecifidade do Prism: "O Congresso concedeu ao Poder Executivo poder demais para invadir a privacidade individual. As salvaguardas existentes às liberdades civis são flagrantemente inadequadas", disse Jameel Jaffer, diretor-adjunto de assuntos jurídicos da União Americana das Liberdades Civis.

> A realidade pior que as distopias

O Prism é a absurda tradução da distopia orwelliana, 1984. Talvez vivamos em pior realidade, pois na ficção o cidadão sabia que era observado ininterruptamente; na distopia “prismiana”, somos vigiados em sigilo por complexos algoritmos que dão inteligência artificial aos nossos monitores, o que nos remete a uma outra terrível distopia erigida pelos irmãos Wachowski, a trilogia Matrix.

Se nela já vivemos e não temos a consciência disso, como poderemos fugir dela

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