Propagandas enganosas

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Em artigo enviado ao blog, o professor doutor Manoel Alves da Silva, valoriza os eventos que pululam o “Levante de Junho”, mesmo que esses caminhem de forma obliqua à ordem estabelecida.

Imaginem se há trinta anos tivéssemos respeitado a ordem vigente que proibia as greves, impunha a censura, restringia a participação política a apenas dois partidos, colocava as entidades sociais e sindicais na condição de proscritos”, argumenta Silva.

E prossegue a argumentação: “faz bem para a saúde da democracia quando as ruas são tomadas por protestos. No caso brasileiro não se trata de protestos coordenados por nenhuma central sindical, nem tão pouco pelos tradicionais partidos de esquerda. Penso que todos devem aproveitar o momento para perguntarmos: será que está tudo bem? Será que está tudo bom?”.

Em certo momento do artigo, Silva critica o surrealismo das propagandas institucionais, que tentam iludir o cidadão de que ele vive em um país onde tudo está indo muito bem: “Nas propagandas governistas está tudo bem, mas as manifestações de rua nas cidades brasileiras demonstram que talvez não esteja tudo bem.”, opina Silva.

Para ler o inteiro teor do artigo, clique aqui.

Comentários

  1. Parsifal;

    Matéria do Diário do Pará publicada na edição de ontem, leva a público a insatisfação do Sindicato dos Médicos em relação ao que chamam "a superlotação de pacientes na Santa Casa e a sobrecarga de trabalho".

    O normal é que a Santa Casa esteja superlotada de pacientes e não aceitar isso é o mesmo que fechar novamente os portões e deixar mulheres parindo na calçada, bebês morrendo sem internação, e fornecendo notícias alarmantes para os telejornais - inclusive o próprio Diário.

    O Conselho Regional de Medicina e o Sindicato dos Médicos estão pugnando por um sistema de prestação de serviços cada vez mais focado nos interesses de sua classe. O coorporativismo médico vem focando apenas em um único objetivo: o enriquecimento do médico. Às favas com a ética e o bomsenso.

    O principal exemplo dessa nova tendência perversa na medicina do Pará é o H. Porto Dias, cuja urgência ocupa um "escondidinho" na Av. Almirante Barroso, propositalmente planejada para demorar de 3 a 4 horas na recepção de pacientes, peneirando apenas os casos graves - estes sim lucrativos. Muitos pacientes não aguentam a espera e se retiram.

    Há 10 anos um paciente cardíaco passando mal era atendido em 5 minutos por um plantonista com especialidade em cardiologia no SOCOR ou no INCOR; hoje a situação é diferente; se for no H. Porto Dias, pode demorar uma hora ou mais até o profissional em "sobreaviso" acorde, tome banho, vista e roupa, dirija até o hospital, estacione e se encaminhe para a sala de urgência. Se for no serviço público, mais de uma hora, até que o paciente procure outras unidades básicas abertas, para ser encontrado um clínico, para ser constatada a gravidade e então realizado o encaminhamento para o HC.

    Pergunta-se: e quem não resistir? Azar! Morra! Pergunta-se novamente: e os especialistas por quê não tiram ao menos dois ou três plantões no mês. É uma questão de status. Após certo tempo, vão fazer parte do filé do serviço: consultórios cheios, consultas vapt-vupt, centenas de exames complementares (necessários ou não) sendo capitalizados pelos próprios em parceria com o hospital, cirurgias "complexas" nas quais eles cobram até a luz do sol que entrou no quarto, etc - isso nos pacientes que não tiveram o azar de morrer antes. Tanto faz.

    O público usuário de serviços de saúde privados em Belém hoje é atendido nas urgências por novatos sem nenhuma especialização (e muitas vezes sem nenhuma experiência). Daí o ponto-de-vista paradoxal que os mesmos têm em relação à Santa Casa.

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    1. Infelizmente você não assina o depoimento, que creio ser procedente. Mesmo assim postarei no frontpage às 18h de hoje, para que mais pessoas tomem conhecimento.

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  2. A crítica se estende às prefeituras e ao Estado do Pará onde o Sr. é da base governista nobre Deputado, ou é somente direcionada ao Governo Federal ao qual o Sr. se opõe???
    Ou será que as críticas se estendem ao Pará e as prefeituras paraenses onde para os governos e nas propagandas institucionais também dizem que está uma maravilha e que está tudo bem?

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    1. A crítica é para os 5.570 municípios do Brasil, aos 26 estados, ao Distrito Federal e à União. E se surgir mais algum município ou estado depois dessa postagem, estenda as criticas a eles também pois, com certeza, vão jogar dinheiro público no lixo com propaganda.
      Você tem uma leitura política absolutamente equivocada ao meu respeito, mas não lhe culpo, pois eu não ajo como os políticos tradicionais, que criticam os adversários e bajulam os aliados: eu elogio adversários e critico aliados, ou vice-versa, quando acho que devo e não bajulo ninguém. Corrigindo a sua asserção: desde o primeiro governo Lula o PMDB é aliado do governo federal. Independente disso, votei no Lula nas duas vezes em que ele se elegeu, votei na Dilma e voto novamente, mas nada disse me impende de criticar Lula, Dilma e o governo federal sempre que eu achar que devo. Quanto ao governo estadual, acho que você não anda acompanhando os fatos políticos do seu estado.

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  3. Mais o post acaba sendo tendencioso quando foi utilisada a marca de um programa federal.

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    1. Não, ele não é tendencioso: ele é verdadeiro. Mas não foi proposital, apenas peguei a primeira imagem que achei pertinente. Como o governo federal é o que mais faz propaganda em todo o Brasil, é elementar que os primeiros retornos de imagens sobre o assunto sejam do governo federal, que é quem mais gasta em propaganda e isso não é somente o PT. O PSDB gastava o mesmo valor.

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