PSDB quer o fim da reeleição que criou para reeleger FHC

Depois de uma discussão muito profunda, e a partir dos exemplos que a própria Presidência da República atual e o governo do PT têm dado, de priorizar a reeleição em detrimento do país, estamos defendendo o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos, sem direito à reeleição”.

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A frase acima é do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em entrevista concedida após a reunião da executiva nacional do PSDB ontem (9), que definiu 6 pontos para uma suposta reforma política.

> Invenção tucana

Quem cometeu a reeleição no Brasil foi o PSDB, em 1997. A PEC foi inserida de forma desavergonhadamente casuística para beneficiar o então presidente FHC, que dela se aproveitou para se reeleger em 1998.

Quem inaugurou “priorizar a reeleição em detrimento do país” foi o PSDB, pois para aprovar a emenda FHC determinou aos seus lobos no Congresso que a aprovassem a qualquer custo.

> Compra de votos

O custo se soube em seguida, quando se divulgaram gravações nas quais os deputados Ronivon Santiago, João Maia, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra foram flagrados vendendo os seus respectivos votos no balcão no qual o PSDB transformou o Congresso. O valor de cada voto era R$ 200 mil.

> Geraldo Brindeiro, o engavetador-geral da República

Provas da compra da reeleição foram enviadas ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro que, fazendo jus a sua alcunha de engavetador-geral da República, embargou a denúncia na gaveta, como ele fazia com todas as que a ele chegavam contra os tucanos.

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Como disse o impagável Ponte Preta, se for prender os malfeitores do Brasil, tem que fazer um muro em volta do território nacional e os pedreiros trabalharem pelo lado de dentro.

Comentários

  1. Caríssimo Deputado,
    Leio praticamente todos os dias seu Blog para manter-me informado sobre política e outros acontecimentos em nosso Estado e mundo a fora. Mas lendo hoje (dia 10), não vi uma só linha ou letra no que diz respeito a condenação do Senador Jader Barbalho em devolver aos cofres públicos mais de dois milhões de reais referentes a desvios de verbas e cobranças de propina que chegavam a 20% do valor de cada projeto para ser liberado junto a SUDAM. Acredito na imparcialidade de seu blog, assim como acredito que o senhor não seja como os jornais Diário do Pará e O Liberal que servem apenas para defender seus donos quando em apuro estão, principalmente em se tratando no uso indevido de verbas públicas.
    Que por falar nisso, foi só o governador do Estado romper pública e oficialmente com o PMDB que o Diário do Pará começa a estampar em primeira página as mazelas que vem passando o Estado. Será que só agora é que vieram a ver isso.
    É o mesmo caso de Ananindeua, que foi somente o filho do Senador, o Helder Barbalho, deixar a prefeitura que nada mais vem prestando naquele município. Acredito que os meios de comunicação, sejam eles quais forem, devem sempre deixar a par a comunidade daquilo que realmente está acontecendo e não somente defender aqueles a quem estão a serviço.
    Neste caso, o da Sudam, todos sabem, inclusive as paredes da superintendência, que o nobre Senador era (ou ainda é) o grande arquiteto dos desvios de verbas daquela instituição. Quem ainda não se lembra do “Ranário” da sua ex-mulher?

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    1. Não existe mídia imparcial em lugar algum do mundo. Todas refletem as posições editoriais dos seus proprietários. Por isso é importante ler a mesma notícia em mais de três circulações para que você possa emitir o seu próprio juízo a respeito. A isso é chamado leitura crítica.
      Garanto-lhe que você não encontrará aqui uma coisa: mentiras e invenções plantadas para manipular o leitor. Se não me convier comentar uma notícia não inventarei uma versão para tentar manipular quem aqui vem.
      Não ressinta desinteligências políticas entre ex-aliados. É quando elas acontecem que o distinto público fica sabendo das alcovas.

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  2. É deputado, parece que agora que o divórcio entre PSDB e PMDB no Pará é certo vai chover chumbo grosso em direção ao PSDB. O amigo do passado se torna o inimigo do presente e vice-versa. Por isso que minha vontade é ver qualquer outro partido governando o Pará que não seja o trio PT/PSDB/PMDB. Esses três partidos governam o Pará há décadas e portanto, os três, tem sua parcela de culpa pelas mazelas de nosso estado. Sempre votei no PSDB, votei em Almir, Jatene, Almir e depois Jatene novamente, mas agora, chegou a hora de mudar, não pra PT ou PMDB, mas qualquer outro que tenha a coragem de enfrentar esses 3 partidos que aqui se revezam e nada parece mudar. Posso até não ter sucesso, mas isso é democracia, poder mudar o voto sempre que achar que não vale mais a pena.

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  3. O juízo do Stanislaw Ponte Preta é impagável! A postura do Aécio sobre a questão, coincide, com a postura do PSDB de 15 anos atrás. Casuísmo político desavergonhado!


    Reginaldo

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  4. Já o Geraldo Brindeiro... o que dizer desta triste figura publica?


    Reginaldo

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  5. Deputado, é verdade que se cogita de o senhor vir a deputado federal para o ano?

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    1. Não sou candidato a deputado estadual. Serei candidato a deputado federal ou não serei candidato. Ainda não tenho uma decisão tomada a respeito. A única é que não desejo voltar à Alepa.

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    2. Francisco Marcio10/07/2013, 19:44

      Deputado ate as folhas das nossas mangueiras sabem do seu acalento de saracotear por Brasília. Inclusive em um dos momentos de debate comigo, Vossa Excelência bradou veemente: " sou candidato sim".
      Digo mais, a campanha já esta na rua ( e faz tempo ), circuito Sul, Sudeste, Norte, Oeste... todo o Pará.
      Como sou plebeu, pago-lhe uma água de coco lá na praça Batista Campos, se essa candidatura não for efetivada. Ou aceito uma caso contrário. Inclusive já vou encomendar a mesma...

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    3. E onde está escrito que eu não acalento a vontade de "saracotear" por Brasília? A vontade eu tenho e em sendo candidato será a deputado federal. Isto não significa que eu não possa ser se as circunstâncias me permitirem não ser.
      A única certeza que tenho é que não desejo mais ser deputado estadual e o fato de eu estar andando pelos quatro cantos do Pará não tem relação direta com a minha candidatura a deputado federal e sim com a candidatura majoritária do PMDB. A minha militância política é o Sul do Pará.

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  6. Ambos os lados já se beneficiaram do artifício da reeleição, portanto, nada mais justo que extingui-la, ou não se lembram que o próprio Lula era contra a reeleição e se lambuzou com ela. Ora deputado, trata-se de uma questão a ser discutida e não apenas fazer falácia por quem usufruiu, agora sugerir seu fim.
    A manipulação de palavras e ideias para subsidiar opiniões próprias é uma arma cujos estragos são proporcionais à inteligência do manipulador e, em se tratando de Vossa Excelência, causa temor a muitos.
    O político mais perigoso é o inteligente, ainda bem que são bem poucos...

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    1. Eu não desejei manipular a leitura de ninguém, até porque creio que os leitores de blogs são um nicho não manipulável. A postagem apenas relembra o que o senador Aécio se esqueceu de dizer antes de propor o fim da reeleição: "desculpem a nossa falha.".
      Por fim, você não deve ser um leitor diário do blog, pois se fosse já teria lido que, por mais de uma vez, eu já me manifestei contrário ao instituto da reeleição no Brasil, por isso concordo plenamente com a proposta do PSDB.

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  7. Quem sujou tem o dever de limpar. O PSDB fez m... quando aprovou a emenda da reeleição, deitando por terra o secular princípio da irreelegibilidade para todos os cargos do Executivo. Na prática, a medida revelou-se uma das maiores pragas do sistema eleitoral brasileiro. Tanto que, ao galgar o poder, o PT, que fora arduamente contra a reeleição, como o fora contra a corrupção do Sarney, do Collor e até do FHC, mudou de lado e passou a ver ambas (corrupção e reeleição) como virtudes. Pela tradição brasileira, outra atitude não seria e não será de esperar de quem está na guarda das chaves dos cofres públicos. O fato do PSDB ter feito a sujeira, obriga-o, indiscutivelmente, a limpá-la. Faz todo sentido a proposta de extinção da reeleição e quem for contra é porque quer que a sujeira continue.

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  8. Não sou contra a releição nos cargos políticos do Executivo, pois é um instituto praticado em todos as democracias do mundo, de forma que se o "caboclo" não for bom de serviço, não será reeleito, como foi o caso da ex-governadora ANa Júlia, citando um exemplo mais próximo a nós. Contudo, lamentei que esse instituto chegou ao Brasil mediante compra de votos para beneficiar o FHC, como todo mundo sabe. E agora, qualquer partido que estiver no poder Executivo não vai querer largar o osso. Eu penso que a proposta da extinção pelo PSDB é o reconhecimento de sua incapacidade de fazer oposição eficiente ao governo petista, principalmente na esfera federal. Então, mata-se a causa em vez de aperfeiçoar os mecanismos para evitar o desvio e o uso da máquina, como por exemplo, a limitação de cargos comissionados, financiamento público das campanhas e a limitação das verbas de publicidade governamental em ano eleitoral. Não frequento as entranhas do poder político, mas por que essa proposta tão contraditória nesse momento, Parsifal?

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    1. Você tem razão no núcleo da questão. Todas as democracias presidencialistas adotam o instituto da reeleição em todos os níveis do Poder Executivo. Algumas limitam a uma vez, outras a duas, e outras não limitam. Conheci um prefeito de uma cidade francesa que estava no seu sexto mandato de quatro anos e ainda era deputado federal, pois na França é possível acumular os mandatos.
      Essas democracias, todavia, como você sugere, adotaram mecanismo de proteção à República e construíram um admirável sistema político que não evita de todo, mas reduz a percentuais mínimos, o uso orgânico e financeiro da máquina pública em proveito eleitoral.
      Infelizmente o Brasil não consegue avançar nesses mecanismo, preferindo tangenciar o problema como, por exemplo, tipificar a corrupção como crime hediondo, o que, em absolutamente nada, diminui a prática, pois está sobejamente comprovado na ciências das execuções penais que não é a rudeza da pena que diminui a criminalidade e sim equipar a sociedade com mecanismos cada vez mais eficazes de prevenção.
      Nesse contexto, sem salvaguardas minimamente eficazes, surgiu a reeleição no Brasil, e já nasceu com o vício que nos grassa: a corrupção generalizada. Nesse contexto o instituto é prejudicial e só poderia ser possível quando o esbulho do erário para consegui-la estivesse atacado.
      Creio que o PSDB embutiu a proposta em um momento no qual a sociedade, atarantada com tanta insidiosidade, a deseja. Os tucanos querem jogar para a galera.
      Como poucos leem os comentários, vou aproveitar esse diálogo para uma futura postagem.

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  9. essa tucanada não tem vergonha mesmo, é o desespero....

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